So little time, so much to do...

Monday, June 12, 2006

Sexy drops

From all the drugs the one i like more is music
From all the junks the one i need more is music
From all the boys the one i take home is music
From all the ladies the one i kiss is music (muah!)
Music is my boyfriend
Music is my girlfriend
Music is my dead end
Music is my imaginary friend
Music is my brother
Music is my great-grand-daughter
Music is my sister
Music is my favorite mistress

From all the shit the one i gotta buy is music
From all the jobs the one i choose is music
From all the drinks the one i get drunk is music
From all the bitches the one i wannabe is music

******

This is so weird
Am I sleeping?
Is this a dream? ...No!
Am I a Mouse?
Am I an elephant?
And I had just sliced your tongue
So tell me he-he-he-he-he-he-he-he-hey:
Do you wanna drink some alcohol?

I'm just a boy (girl) but I have a very strong punch
And I had just broken your nose...
Am I a horse?Am I on fire?
Am I the curse?Am I the curse?
So tell me he-he-he-he-he-he-he-he-hey:
Do you wanna drink some alcohol?

This is so weirdAm I sleeping?
Is this a dream? ...No!
Am I a Mouse?
Am I an elephant?
And I had just sliced your tongue
So tell me he-he-he-he-he-he-he-he-hey:
Do you wanna drink some alcohol?

*****

Come and complete me, stay here with me
This is all true, it's water
I drinkI want you to show me how mad is your love
Come and attack me it's not gonna hurt
Fight me, deny me if I fear when you're close
Let's make love and listen death from above

******

You feel like you wanna change your life today
You feel bad cuz you didn't make it yesterday
You fall backYou think you ain't enough
You fall downIt's hard to get
Up aloneAlo-o-o-o-one
Up aloneAlo-o-o-o-one
Fuck off is not the only thing you have to show
Fuck off is not the only thing you have to show
I know-i know

Friday, June 09, 2006

Osmo

" As coisas que se pensam no banho. Incrível. Não sei se lavo a cabeça ou não. Não gosto de lavar a cabeça à noite porque tenho a cabeça muito sensível, já fui a vários neurologistas, e eles dizem que a minha cabeça é muito boa, e que não podem saber o que se passa nela, aliás, com ela, e me recitam beserol e eu tomo beserol mas não adianta muito. Os neurologistas são estranhos. Um deles está estudando o hipotálamo há mais de trinta anos e ainda não chegou a qualquer conclusão. Sempre que me encontro com ele, pergunto: e o hipotálamo? Ele responde: meu filho, é um mistério, é um autêntico mistério. às vezes penso que seria melhor dizer pra ele não se preocupar mais com o hipotálamo mas isso seria o mesmo que sentenciá-lo à morte porque o homem só vive pelo hipotálamo para o hipotálamo, e sempre com o hipotálamo. E é difícil acabar com uma coisa pela qual se vive. Isso é. Então não digo nada, ou melhor, digo; um dia, doutor, um dia a coisa vem. E ele segue em frente."

Hilda Hilst - Fluxo-Floema

Tuesday, June 06, 2006

Já vi essa história antes...


Certo dia, a mãe de uma menina mandou que ela levasse um pouco de pão e de leite para sua avó. Quando a menina ia caminhando pela floresta, um lobo aproximou-se e perguntou-lhe para onde se dirigia.
- Para a casa de vovó - ela respondeu
- Porque caminho você vai, o das alfinetes ou o das agulhas?
- O das agulhas.
Então o lobo foi pelo caminho dos alfinetes e chegou primeiro à casa. Matou a avó, despejou seu sangue numa garrafa e cortou sua carne em fatias, colocando tudo numa travessa. Depois, vestiu sua roupa de dormir e ficou deitado na cama, à espera.
Pam, pam.
- Entre, querida.
- Olá, vovó. Trouxe para a senhora um pouco de pão e de leite.
- Sirva-se também de alguma coisa, minha querida. Há carne e vinho na copa.
A menina comeu o que lhe era oferecido e, enquanto o fazia, um gatinho disse: "menina perdida! Comer a carne e beber o sangue de sua avó!"
Então o lobo disse:
- Tire a roupa e deite-se na cama comigo.
- Onde ponhoi meu avental?
- Jogue no fogo. Você não vai precisar mais dele.
Para cada peça de roupa - corpete, saia, anágua e meias - a menina fazia a mesma pergunta. E, a cada vez, o lobo respondia:
- Jogue no fogo. Você não vai precisar mais dela.
Quando a menina se deitou na cama, disse:
- Ah, vovó! Como você é peluda!
- É para me manter mais aquecida, querida.
- Ah, vovó! Que ombros largos você tem!
- É para carregar melhor a lenha, querida.
- Ah, vovó! Como são compridas as suas unhas!
-É para me coçãr melhor, querida.
- Ah, vovó! Que dentes grandes você tem!
- É para comer você melhor querida.
E ele a devorou.


Moral da história: De que serve a moral, se você obedecendo ou não sua mãe, vai acabar se dando mal mesmo?
...

Monday, June 05, 2006

Breve histórico de mim mesmo


Nasci numa cidade bem longe daqui onde moro, talvez você nunca nem tenha ouvido falar nela, apesar dela ficar bem no meio do mundo. O meio do mundo deveria ter um clima meio-termo, mas não tem. O meio do mundo é muito quente e eu nunca gostei de morar no quente. Podem falar que é euro centrismo, mas eu nunca gostei mesmo.
Enfim, na infância eu brincava um monte, porque tive a sorte de morar nessa cidade pequena que se chama Santana. É, é junto e direto assim mesmo: Santana, sem apóstrofo. Minha casa ficava numa vila chamada Amazonas, que foi construída por uma empresa norte-americana (ou inglesa, isso é detalhe...), que levou todo o manganês da Serra do Navio e deixou um buraco num lugar de uma montanha, além de inúmeros casos de contaminação por arsênio (ou substância química nociva do tipo, os detalhes não importam definitivamente), mas que possibilitou a minha querida mãezinha de estudar e ser a incrível profissional que ela é hoje e me sustentar pra que eu tivesse a vida muito boa que eu tenho hoje.
Não me lembro do que eu brincava, mas eram coisas em que eu me sujava muito e voltava bem cansado pra casa no fim da tarde e tomava benho e comia a merenda que a minha vó fazia. Acho que eu era feliz, sei lá.
Daí, aos seis anos me mudei pra Macapá para a casa que a minha mãe tinha reformado com ela meus irmãos e meu padrasto (sim, meus pais nunca se casaram e se separaram quendo eu tinha três anos, mais ou menos). Macapá era perigosa demais pra eu ficar brincando na rua. Daí eu criei o meu mundo no meu quarto e no quintal de casa, e continuei brincando e indo pra escola que eu estudei quase a vida inteira. Tomei Nescau na mamadeira antes de dormir até os sete anos. Aos doze anos, algum desequilíbrio emocional ou físico (até hoje não sei) me fez voltar a fazer xixi na cama. Mas o que importa mesmo é que eu era um pré-adolescente que gostava de Spice Girls e ainda brincava um monte. Nessa época eu fiz a minha primeira peça de teatro.
A adolescência é um período ao mesmo tempo muito bom e muito ruim pra todo mundo. Não foi diferente comigo. Eu só parei de brincar aos 16 anos, quando não dava mesmo pra continuar. Afinal eu tinha que pensar no vestibular e coisa e tal. Pensei, mas não fiquei tão bolado assim, porque eu sempre vagabundava mas acabava tirando notas boas. Mas eu só fui começar a sair e beber e gandaiar mesmo aos 17, quando eu fazia terceirão e o primeiro trabalho sério de teatro da minha vida. Posso dizer que aproveitei um monte.
Daí, eu fiz a porcaria do vestibular e agora eu estou aqui nessa cidade, pra fugir de alguma coisa e buscar não-sei-o-quê. O importante é que agora eu curto a minha vida mais ainda e que se dane o resto.
E se alguma coisa não ficou muito clara é só marcar de tomar um café ou então uma cerveja que eu vou e conto tudo.