So little time, so much to do...

Friday, September 05, 2008

The new adventures of old Otávio

Olá! senti sua falta...



Pois é.
Cá estou.
Onde queria estar. Fazendo o que queria fazer.

Se estou feliz?
Sim, estou, mas...
"A insustentável leveza do ser...". Minha mãe diagnosticou muito bem... As mães realmente nos conhecem. Intuitivamente, mas conhecem.
Minha vida sempre foi essa eterna procura por novos objetivos. Sempre uma agoniazinha de achar que ainda falta alguma coisa e procurar.
Preciso sempre de novos estímulos.

Ariano...
É fogo!

Chama que sobe, explode intensa, calor instantâneo e incontrolável... e logo se apaga.
O combustível se esgota num instante e é preciso de mais, mais...

Sou a Fênix e me consumo nas minhas próprias chamas.
Me queimo. Viro cinza.
E renasço.


Não vou negar: é duro viver assim.

Mas...
Como disse um baiano certa vez:
"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"...

Saturday, December 01, 2007

Sobre a necessidade de se atualizar um blog....


...porque e simplesmente foda nao faze-lo!

Uma barata acaba de passar pelos meus pes, ouço Kasabian, e escrevo para alguem que dificilemente me respondera.
Depois de comer um hamburguer (com garfo e faca e apenas uma fatia de pao - integral, pois sou da geraçao saude) deixo meu rosto ficar gelado ficando a cinco centimetros do ventilador. Nao me perturba nem um pouco o fato de que esta a maior cara de chuva e as roupas estarem no varal. Muito menos a louça na pia, que provavelmente e um dos motivos de ter aparecido baratas recentemente (talvez nem seja isso - as baratas sao mesmo seres muito misteriosos)
A proposito, sera que Gregor Samsa virou mesmo uma barata? ou era uma especie de besouro? (cf. "A metamorfose" de Kafka)


Apesar de nem sequer saber o que farei ou ao menos em que cidade morarei daqui a tres meses, a minha maior duvida nesse momento e para onde sairei no proximo fim de semana, quando finalmente estarei livre (por tres semanas, mas va la) dessas malditas provas.

Afinal o que tenho para "provar" para alguem? Ninguem nunca me exigiu isso, entao porque eu procuro faze-lo? Ah sim, alguem sempre exigiu: eu mesmo. Preciso me por a prova a todoa hora.
"Um ambicioso, um ambicioso... Afinal onde vc vai parar com toda essa ambiçao?" - diz o velhinho imaginario que mora na minha cabeça (ele e o responsavel por me dar aquelas broncas rabugentas de vez em quando). As vezes tento seguir o seu conselho e me contentar com as coisas que tenho.

Mas e engraçado: nada que me dao eu quero... So gosto daquilo que eu mesmo faço pra mim.


Pois muito bem, e numa dessas que tudo ainda vai pro buraco... Mas tudo bem, eu dou um jeito de subir de volta...
Enquanto tiverem paciencia comigo, ta tudo bem. Va la, ja chega, esse texto nao tem nada a ver com o titulo!Ainda bem que a banca de redaçao nao le isso...

Saturday, March 24, 2007

Sobre o dia em que eu nasci

Quer uma prévia de como vai ser meu aniversário?
Aí vai.
Vou acordar de manhã me sentindo esquisito.
Os que lembrarem vão me abraçar,mas eu não vou sentir nada no abraço deles. Não por achar que são abraços falsos. Porque eu mesmo não vou achar sentido nenhum naquilo tudo.
A graça do meu aniversário eu mesmo sempre tiro. Primeiro porque minha vontade sempre é ficar sozinho, mas eu ao mesmo tempo odiaria visceralmente que isso acontecesse.
Durante o dia eu ia querer fazer as coisas com se fosse um dia normal. Vou querer evitar que alguém venha e me deseje parabéns, não vou falar pra ninguém que é meu aniversário, como sempre faço, mas meu inconsciente vai insistir em querer os parabéns de todos os que eu passar pela frente.
Vão perguntar por uma comemoração e eu vou tentar sim, fazer alguma festa, só pra ver se dá certo ou pra pelo menos não me sentir culpado por nem sequer ter tentado.
À noite vou dormir sem sentir nada, só desejando que o dia acabe logo duma vez.
De fato o aniversário pra mim nunca foi algo horrível como é pra muitas pessoas. Eu acho que eu fico melhor quanto mais velho. Mas ao mesmo tempo eu acho esquisito o dia do nosso aniversário. É como se fosse um dia fora do tempo. Como se você estivesse na esperança de algo extraordinário, revolucionário, incomensurável acontecesse e toda a sua expecativa se frustrasse. A coisa não chega.
Você espera que o dia seja maravilhoso, inesquecível, o melhor dia do ano, mas aí no fundo sabe que achar isso é uma bobagem e... se sabota. Por isso o dia acaba e nunca é tudo isso mesmo.
Às vezes acaba fazendo tudo, bolo, pizza, festa, porque todo mundo e até você mesmo espera que faça isso. Não interessa se está feliz ou não.
Às vezes você está feliz sim, por saber que sobreviveu a mais um ano, e faz tudo com muita vontade.
Mas às vezes você (como eu sempre faço) nem se importa se está ficando mais velho ou não e se aproveita da ocasião só pra ver as pessoas que você mais gosta todas ao mesmo tempo e confirmar que elas realmente gostam de você.
Quando dá certo, daí fazer aniversário vale a pena, pois não existe melhor presente do que saber que seu amor é correspondido.

Thursday, March 15, 2007

Carta-tentativa-de-última-explicação

Espere que um dia eu confirme que o que eu estou fazendo é o melhor pra nós dois...

Deixe as coisas acontecerem; minhas palavras agora (e desde um certo ponto de nossa trajetória) já são inúteis uma vez que você já não as considera nem compreende mais.

A partir de agora vou fazer e não falar, quem sabe assim você acredita em mim.

Acabei de perceber: Você ainda não sabe quem eu sou. Aliás nem você nem ninguém nunca souberam.

Não porque eu me esconda sobre alguma capa, mas porque ao contrário das palavras, é fora do contexto que eu faço algum sentido. E é nas pequenas sutilezas (como quando sem querer eu chorei na sua frente) que se pode juntar as minhas partes. Pelo visto o seu amor te deixou tão míope (ou cego, sei lá) que você misturou as peças e não soube separar o que sobrava do que fazia parte do essencial. Talvez seja essa diferença entre o seu e o meu amor: o seu te cegou e o meu só fez com que eu enxergasse melhor. Talvez eu esteja enganado.

Você trocou minhas partes pelo meu todo. Erro seu; mas eu não te condeno, porque não se pode condenar quem ama.

A única coisa que eu te pedi foi não olhar as coisas somente pelo seu ponto de vista, o problema é que você pensou que eu te pedia isso pro meu bem, mas era pelo seu.

Vou te contar uma coisa: o meu amor só é posto à prova depois de um tempo e todos aqueles que entenderam que eu não sou deles até hoje tem o meu amor. Eles souberem ter paciência e esperar – (me esperar) - porque eu sou assim: eu vou, mas nunca deixo de voltar.

Existem muitas formas de amar, mas pra mim todas elas são absolutamente iguais e vem do mesmo lugar. Se quer amor, você sempre terá, o resto eu nunca garanto.

Não sou igual às outras pessoas e se por acaso você me ama por causa disso então precisa estar disposto a pagar o preço por isso. Se não, não se preocupe, a gente sempre acha alguém que pensa como nós, e no seu caso, acho que não vai ser tão difícil assim.

Como você pode ver, as distâncias não são apenas geográficas. E ,além disso, as pessoas não estão numa linha reta e única onde cada uma está num diferente estágio, portanto nunca diga que um dia eu chegarei a ser você ou que você um dia já foi eu.

Minha trajetória é única e particular e não tem nada a ver com a de ninguém.

Esta é a última vez que eu tento te explicar algo, eu espero que tenha me entendido.

Passar bem.

...

Te amo.

Ass.: Eu

Wednesday, January 10, 2007

...História de amor em 5 dias...


Tudo começa com uma confusão. A melhor confusão que poderia acontecer. Depois, a conversa. Um convite para dançar. Outra confusão, quase tudo se desfaz. A seguir, tudo é explicado. O convite para dançar é aceito. “Dois pra lá, dois pra cá (...) Você aprende rápido”... “E o que mais você quer me ensinar?”. Um beijo. Um só. Após, beijos rápidos, em segredo. Depois, entre quatro paredes, a conquista se consolida, os tímidos beijos tornam-se vorazes desejos realizados. O prazer. Muito prazer.
Mais tarde, o reencontro. Uma noite inteira de amor.
A noite se estende. Transforma-se em uma semana. Tudo acontece muito rápido. Os laços se aprofundam, transformações acontecem, mágicas se realizam. Cria-se uma inevitável vontade de estar junto.
Tudo acontece às sombras. A eles ainda não é permitida a luz do dia.
Deliciosos momentos de ternura. Horas de carinho. Ousados momentos de loucura.
O céu é o limite.
A paixão se instala, o coração se ocupa um do outro.

Um minuto distante é muito para tanta saudade.
A entrega é cega.
O apego é intenso.
Desde o primeiro momento, os amantes sabem de sua separação próxima. Aproveita-se cada momento...
(...)
É chegada a hora.

A distância se faz.
Os corpos, despedaçados, seguem seus caminhos, incompletos, e os corações juntam seus cacos na esperança de se reunirem novamente, um dia, quem sabe.
E esta, meus caros, é uma história de amor; breve, porém válida.
Mais vale prová-lo, por um segundo que seja, do que nunca descobrir seu sabor.
(...)

Friday, December 01, 2006

Vou desviar o curso de um rio qualquer e limpar os estábulos de minha vida...

Wednesday, October 18, 2006

...'s

"(...)
Além de toda a preocupação, o que mais ocupa a minha mente é sonhar. Sonho com todos os futuros. Os mais próximos e os mais distantes. São muitos para um só pessoa.
O legal é ver que alguns deles se realizaram. Mas eu não quero só isso, quero todos, quero tudo. Minha insatisfação não é que aqui esteja ruim. Não. Aqui é muito bom. Mas não é SÓ isso que eu quero. Quero viver mais, sair do tédio, sentir mais, sentir, sentir, sentir... Você me entende?
Lógico que entende; você, como eu, detesta o tédio dessa vida, detesta essa coisa sem sentido que no fim não serve nem pra se divertir um pouco. E odeia também não ter coragem de se arriscar, odeia ter medo de quebrar a cara, de passar aperto, de viver sem porto, de ser totalmente incosequente...
A gente não faz nem metade daquilo que realmente é capaz, não é? Eu odeio isso. Aposto que você também. Duvido que não odeie.
Veja bem o quão ridículo nós somos, pedindo permissão pra tudo. Até para fazer nossa arte! Implorando diplomas de academias nojentas pra fazer a nossa arte! Será que a gente é tão incopetente assim?
Eu digo que tentamos fazer o possível para tentar (sobre)viver dentro da nossa covardia... Não sabemos nem ser egoístas! Eu digo que não consigo ser mais egoísta do que sou. Fazer isso é como se eu me afogasse na minha própria saliva!
Não vou continuar a divagar sobre isso. Acho que fui longe demais... Estou sendo artístico demais, ridículo demais. E digo que, mesmo que isso tudo possa ser considerado supérfluo, superficial, fútil, bobo..., essa é a minha verdade. Isso é o que eu sinto.
Agora chega, vamos a assuntos mais amenos (...)"